Caro, cliente! Hoje vou trazer algumas informações sobre alguns fungos com implicação infecciosa em pequenos animais.
Esse assunto é particularmente interessante porque tem havido um aumento no reconhecimento de infecções fúngicas (micoses) em cães e gatos. Embora algumas vezes os sinais clínicos sejam sugestivos para as infecções localizadas, os quadros sistêmicos podem surgir como oportunistas (pacientes imunocomprometidos) e o diagnóstico precoce influencia muito na progressão das lesões e eficácia terapêutica.
Os agentes etiológicos para micoses sistêmicas mais comuns são os fungos dimórficos, considerados patógenos sistêmicos primários. Os dimórficos patogênicos mais comuns em cães e gatos são Blastomyces dermatitidis e Histoplasma capsulatum. Além destes, temos ainda o Cryptococcus neofromans, que é um fungo leveduriforme.
Cães e gatos de livre circulação apresentam maior risco para infecção por estes fungos, possivelmente relacionado ao maior contato com solo contaminado.
Não obstante, micoses sistêmicas também foram diagnosticadas em animais domiciliados, associadas à exposição a solo contaminado em ambientes de construção, vasos de plantas e porões inacabados.
A blastomicose, doença causada pelo Blastomyces dermatitidis, geralmente cursa com doença respiratória autolimitante. Entretanto, a infecção pode se dispersar para corrente sanguínea a partir dos pulmões de pacientes imunodeprimidos.
O quadro sistêmico pode incluir doença respiratória, ocular, claudicação, linfadenopatia e lesões cutâneas proliferativas. De forma mais incomum, também podem ser acometidos SNC, glândulas mamárias e próstata.
A histoplasmose produz acometimento pulmonar inicialmente, mas pode se disseminar por via hematógena ou linfática para trato gastrointestinal, medula óssea e olhos.
A quantidade inalada de esporos de Hystoplasma capsularum e o grau de imunodepressão do paciente exposto são determinantes para a dispersão sistêmica e gravidade dos sinais clínicos.
A criptococose, infecção causada pelo Cryptococcus neoformans, afeta principalmente animais imunocomprometidos. A levedura apresenta elevado tropismo neurológico, mas também infecta trato respiratório (cavidade nasal e pulmões), olhos e pele.
Corresponde à micose sistêmica mais comum em gatos, frequentemente relatada para acometimento de trato respiratório superior e lesões cutâneas.
Entretanto, menos comumente são observados sinais neurológicos, oculares e de trato respiratório inferior.
Embora essas infecções fúngicas também sejam reportadas para o homem, as micoses sistêmicas em cães e gatos não são consideradas zoonóticas, uma vez que geralmente não são transmitidas pelo contato entre animal acometido e o homem, assim como também não são veiculadas entre paciente infectado e animal saudáveis.
A investigação dos agentes através de cultura fúngica pode ser útil. Porém, o crescimento de Blastomyces dermatitidis e Histoplasma capsulatum é lento e pode demandar cerca de quatro semanas ou mais.
Em contrapartida, a cultura de Cryptococcus neoformans geralmente é produtiva, porque o fungo apresenta crescimento rápido.
No entanto, em alguns casos, o cultivo pode demorar até 6 semanas.
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Um abraço,
Dr. Otávio Valério de Carvalho
Diretor Técnico – TECSA Laboratórios